Começo uma nova fase profissional. Tive a oportunidade de trabalhar por 9 anos em uma mesma empresa. Isto me permitiu acompanhar a fase embrionária das ações de marketing na internet, criar banners diversos para diversos portais, ver muitas mudanças de layout sempre pensando nos usuários cada vez mais experientes e exigentes, vi diversas novidades surgirem, padrões se estabelecerem, tecnologias sucumbirem, uma bolha estourar e acompanhar toda a evolução até este momento.
Deixo um projeto muito legal em desenvolvimento de web 2.0 e uma semente plantada na cabeça das pessoas que ficam. Ela já germinou e desponta de forma maravilhosa. Agora é só um pouco de paciência e cuidado para que ela vingue e seja algo grandioso. Sinto que se encerra um ciclo com o sentimento de dever cumprido. Foi muito bom viver tantos projetos legais e que me ensinaram muito com tantas pessoas diferentes e interessantes e que me moldaram o que sou hoje.
Nesta nova fase, já sei que terei grandes parceiros com idéias maravilhosas. Será uma oportunidade incrível. Estou ansioso para começar e poder trabalhar em conjunto com eles. As possibilidades são inúmeras. Já estava com este plano para este ano e o destino e a sorte só contribuíram para que tudo se concretizasse. Pretendo continuar a fazer o que gosto: escrever, mas agora pelo visto escreverei mais em inglês. =)
O primeiro a falar no Simpósio de Cultura Digital Trash foi André Lemos da UFBA, que situou o Trash e o Lixo falando que o Trash é a estilização dos objetos e o lixo está ligado a produção e consumo onde ele é descartável ou menos importante. Falou da Cultura Massiva onde você consumia mais lixo dos outros que produzia e da Cultura Eletrônica onde você pode produzir seu lixo. – Excesso informacional que vivemos hoje é o lixo da cultura. Seguem alguns pontos relatados
A TV é lixo por excelência
Pode-se produzir qualquer informação, sobre qualquer suporte, em qualquer formato, sem o crivo de um editor – liberação do pólo de emissão (“Olhares sobre a ciberculturaâ€)
Três princípios encarnam a lógica do faça você mesmo:
Emissão generalizada: ‘faça você mesmo’; distribua informação; maior desafio do mercado brasileiro, já que ele não é produtor de tecnologia, é produzir conteúdo; produção de conteúdo é política brasileira;
Conexão: não produzir só para si, mas publicar, compartilhar, circular;
Reconfiguração: pensar não na substituição de uma coisa por outra, não se rata de aniquilação, mas de reconfiguração.
Um bom exemplo do funcionamento dessa lógica é o YouTube, que foi vendido para o Google por U$ 1.6 bi6 milhões.
Meios de Massa: só serve para informar
Os meios pós-massivos, eletrônicos, não trocam apenas informações, trocam consciências engajadas, idéias e ideais. Na internet a democracia no uso do espaço é total: você tem desde grupos nazistas panfletando suas teorias radicais, até grupos religiosos fazendo proselitismo.
Ficção Ciberpunk fala do presente, de sexo, violência… Hoje existem lans em favelas que ajudam a resgatar laços sociais (Neuromancer/ Blade Runner)
Blogs: qualquer pessoa pode escrever qualquer coisa. É criado um blog por segundo no mundo.
Blogsfera: circulação de links sobre os blogs, espaço para comentários
Softwares livres: orkut, myspace; as pessoas alteram o código, podemos mexer na configuração do software
Jornalismo cidadão existe? Uma pessoa que não tem formação em jornalismo pode produzir um blog jornalístico? O blog pode ser jornalístico?
Podcast: qualquer pessoa pode produzir e divulgar. Ex.: percursos alternativos do Moma. Professores universitários traçam caminhos alternativos e gravam em podcast. As pessoas que vão visitar, podem baixar o podcast para o Mp3 e reproduzir o caminho sugerido pelos professores.
– Três considerações:
1) Apropriação Social: sociologia do uso, da técnica e simbólica – como se o uso transformasse a finalidade e a atuação dos meios
2) Desvio: o desviante não é uma patologia. Ex.: hackers que chamam os crackers de desviantes e são desviantes ao mesmo tempo, embora não se considerem como tal.
3) Excesso: ‘Parte Maldita’ (Batai) – a sociedade acostumou a armazenar dinheiro, comida, se constituiu baseada no excesso.
Fechou falando que fazer sites é como jardinagem: tem que cuidar e regar todos os dias e que lixo é a entropia (conceito físico sobre a acumulação de energia no universo), a energia perdida.
O Simpósio acontece aqui no Rio de Janeiro, na ESPM e faz parte do programa de Pós-Graduação em Marketing Digital.
A abertura foi feita pelo Alexandre Mathias que é o diretor-geral da ESPM. Ele agradeceu a presença de todos e anunciou que fechou uma parceria com o Google na qual ele patrocinará a linha de pesquisa de marketing digital da ESPM. Em seguida ele introduziu o Vicente Ambrósio que é o diretor da pós graduação falou sobre o curso de marketing digital que será lançado. (more…)
O ano de 2006 pode ser considerado o ano que a Web 2.0 ganhou a atenção da internet brasileira. A venda milionária do YouTube, o boom dos aplicativos online, a consolidação de projetos brasileiros de Web 2.0 como a camiseteria e a entrada de um grande portal, a Globo, com uma “rede de relacionamento”, a 8P, mudaram o panorama da Web. (more…)
Não, isto não é o serviço militar obrigatório, mas você está convocado a lutar pela pátria na Web. Claro que o alistamento para Web é uma brincadeira, mas precisamos ter mais iniciativas brasileiras para Web 2.0. Mesmo que você não concorde com o termo, sem problemas, o importante é que você inclua em seus trabalhos a participação do usuário, use AJAX com bom senso, abuse de padrões web, pense em SEO, mantenha a simplicidade e entenda o momento que a Web está passando. Só com isto você já sai no lucro. (more…)
Neste mês de setembro, tivemos muitas notícias de crescimento da internet. O saiu na Pew Internet um estudo sobre o futuro da internet com previsões para 2020. Já falei também sobre o crescimento da internet no Brasil. O mercado está cheio de esperança e repleto de boas notícias. A mídia está do lado da internet.